Um vizinho contou-me que sendo el novo aínda, umha amiga sua, marchou atras de umha ovelha que lhe escapara e rematou por perdeuse no medio do monte.
Entre tanto conto e lendas que os velhos lhe contaram sobre o lobo, a coitada ajinha agarrou ansiedade e puxo-se a chorar.
Cando se puxo o sol e caírom as tebras a pequena case nom vía nada assim que, por precauçom agarrou umha corda desas de alpaca e amarrou a ovelha polo colar que termava da choca pra que nom lhe fuxíra outra vez no caso de vir o lobo; mais, no meio da tarefa, viu o fondo umha luzinha, coma de candil, e tras ela, o que semelhaba a figura de um home, berrndo polo seu nome. "SEGUE-ME!" Agarrou a corda de alpaca e púxo-se em caminho atrás de aquel candil; logo de um bo cacho chegarom o cruzeiro que estava a entrada da sua aldeia, a nena; puxo-se moi contenta o ver o fondo as casinhas fumegando e com luz aínda nas janelas.
Cando a rapariga se achegou o home para agradecerlhe a ajuda, viu que o home era o seu defunto avó. A cativa tentou ir darlhe umha aperta mais a figura desvaíuse e a lucinha do candil marchou como voando pola escura congostra pola que tornaram a aldeia.
Cando chegou a casa tod@s estavam preocupados por ela; así e todo, rifarom-lhe por ir atrás da ovelha tam longe e tam tarde. Mais, mais o contar o acontezído ninguem a creeu; agás o meu vizinho que me contou esta historia a min, e agora eu cóntovola a vos.