Umha das representações do Ravachol no Carnaval celebrado em Ponteveda |
Actualmente em Pontevedra celebrasse polo Entroido umha festa baseada na figura do “Ravachol” seguindo o modelo de carnaval mediterrâneo no canto do “Entroido Atlântico”
Mais fora da ideia de fazer publicidade ou crítica desta personagem imos centrar-nos em umha variedade do entroido galego que desapareceu coma outras, más que também pode retornar coma o fixeram com força os “Merdeiros” em Vigo graças o trabalho da gente da incansável Revolta excelente exemplo de um trabalho de recuperaçom e prova de que se há vontade a cultura do país pode agromar de novo.
Do mesmo jeito que qualquer casa do pais, cando se começa a erguer, temos que começar sem medo pola 1ª das pedras… mais neste caso a casa já estivo ergueita há anos, abandonouse e veu abaixo sendo comida polas silvas e a broça… Assim pois o trabalho que há por diante é o de desbroçar e retirar os cascalhos que logo serám reaproveitados para a reconstruçóm. Pode-se considerar ete trabalho feito se olhamos os artigos “Entruido Galego VS. Carnaval Mediterrâneo” e “Que viva o Entroido” assim coma no exposto ao primeiro do artigo.
Os "Merdeiros" de Vigo; excelente trabalho de recuperaçóm do Entruido local. |
O calendário do Entruido na cidade de Pontevedra:
Do mesmo jeito que o resto do pais o entroido começava alo contra o aninovo; em vários escritos refirem-se a saída das máscaras contra os reises a jeito de foliões saíam os famosos centulos e também contra os dias grandes de entroido mais todos coincidem em destacar a processom do Corpus Christi que sumou como bem destaca o grande de Vila Franca do Bierzo Frei Martin(nho) Sarmiento esta figura central a debándita ruada..
Frei Matin(ho) Sarmiento "O Grande de Vilafranca do Bierzo" |
Ista “movilidade” da celebraçom nom foi froito da casualidade nem tampouco a sua desapariçom, já que logo “convidou-se” desde a igreja a “fazer mais colorida” certas celebrações eclesiásticas o longo de todo o país as que logo foram proibidas por motivo de ser cultos pagãos ou o demo. Deste jeito e bem por ser froito da casualidade ou de umha orquestrada vontade, o entroido dos Centulos da cidade de Pontevedra rematou por desaparecer.
Assim pois, pode-se falar de que ista singular entroidada chegou a sair 2 vezes o ano, mais a hora de umha possível recuperaçom deveria de retornar ou ser devolta o seu ciclo festivo próprio, que é o entroido, antes de encetar umha “2ª ruada” pola época do Corpus Christi.
De Como era festa do Entroido tradicional de Pontevedra:
Dos Centulos de Pontevedra chegounos moi pouco ate o dia de hoje, e curiosamente chegounos a informaçom do entruido de mãos da igreja. Mais umha vez Frei Martin(ho) Sarmiento, o grande de Vilafranca do Bierzo abre umha janela para a cultura galega desde a obra “Meco-Moro-Agudo: Epítetos del impostor Mahoma” do que Clodio Gonçalves Peres fai umha ediçom moi atinada.
Aquí é onde temos a maior parte da informaçóm:
“e nas foliadas
de tempos a tempos
a Velha do Grove
com côs e mantelo”
(é a que mata o “Meco”; personagem recorrente de muitos entruidos)
…
“se todo se junta
e fay hum paseo
a Vella do Grove,
Centulos, Choqueiros,
Folions de noite,
cacholas dos nenos,
e mais cabalgada
côs doce gaiteiros”
Assim pois com istes escritos e outros atopamos que em tempos do Corpus os choqueiros de Pontevedra, conhecidos coma centulos saíam a rua acompanhando a suposta velha (personajem) que matou o Meco seguidos das autoridades montadas em “Facos Galegos” (o garanhóm, garrano ou cavalo nacional galego) e um séquito de 12 gaiteiros.
Se vem os gaiteiros ainda som conservados a día de hoje no día do Corpus, o resto desapareceu/foi proibido co passo do tempo.
Assim pois temos que probabelmente no entroido de Pontevedra a figura central sería a velha que matou o Meco, escoltada polos choqueiros (brincadeiros) Centulos que som encarregados de abrir-lhe passo entre as multitudes.
A velha representa a moralidade, a que mata o “libidinoso” Meco em iste entroido, mais também a velha representa a “vinganza” a idea de “devolver a honrra o povo” a de matar a aquel que provocou tantas infidelidades e todo isso coma contratempo o significado da época de ruptura da orde estabelecida que é a festividade do Entruido. É em essência o conceito da justiça pola sua mão, e mesmo podería estar entroncada cas “Matres Gallaeiciai” co matriarcado galaico cas “3 deusas” na qual a velhez podería representar justiça real.
Os centulos representavam “a trapalhada” e o “desleixo” assim mesmo o demostram frases coma “levou as chocas” ou “fixo o centulo” e a mesma vez som os reises do entroido que servem a rainha, venhem a ter um papel homólogo os Boteiros de Vilarinho de Conso,que abrem passo o folióm ca sua monca ou mais correctamente peliqueiros do Entroido Ribeirao que fazendo “choqueiradas” abrem o passo a comitiva e protexem o ícone do entroido o volante (que no caso Pontevedrés era a Velha).
O folióm e a comitiva; nom estamos certos de se responde o modelo de folióm dos grandes bombos das comarcas de Trives,O Bolo, Valdeorras… mais o certo é que contra A Guarda existe um modelo de de formaçóm musical tradicional conhecido coma “Treboada” que porta uns bombos intimamente ligados cos mencionados foliões de Entruido, e que como bem assinala Xerardo Fernández Santomé na obra “Treboada Galega” tabém saíam polo entroido.
Embora os foliões som específicos provavelmente de certas comarcas galegas igual que em Portugal.
É bastante provavel que as autoridades montadas em “Facos Galegos” seja umha incorporaçom posterior froito do processo de cristianizaçóm dos rituais e festas paganas da Galiza.
A estética das máscaras:
A Velha:
Poucos datos podemos tomar do escrito sobre a personagem da Velha, pouco mais que leva Côs e Mantelo e imaginarmos qualquer disfraz de velha, tam recorrido nos entroidos.
Os Centulos:
- As Chocas: é o elemento fundamental e diferencial do choqueiro e por extenssom do Entruido. Dado que todos falam em plural do uso de chocas polos centulos, resulta induvidavel que levabam de 2 em adiante, mas atopámonos ca necesidade de fazer umha estimaçom no número levado.
- A Máscara: assinalam os escritos que era feita co caparaçom de umha Centola que cobria a cara para tapar a identidade.
- A vestimenta: Assinalam que no ano 1658 vestia a linhas negras e amarelas, mais nom especificam se horizontais ou verticais coma a vestimenta dos Volantes de Santiago de Arriba (Entroido Ribeirao).
- Arma: do mesmo jeito que as pantalhas de Xinzo da Limia a sua arma eram “vinchas” ou vixigas de vaca mais no caso dos Centulos eram tres vinchas atadas a um pau a arma esgrimida.
- As atribuições choqueiras: as choqueiradas consistiam em fazer burla da gente, molestar os tendeiros e mesmo apropiar-se da mercadoria dos mesmos; mais também abrir passo o folióm e protexer a velha cas suas vinchas.
Logo de desbroçar:
Coma assinalamos o primeiro do artigo, logo de desbroçar e retirar alguns cascalhos, a nossa velha casa ficou a vista, se cadra o que se presenta ante os nossos olhos nom está claro de todo, e a própria recostruçom pode fazer-se de muitos jeitos.
Umha possibilidade para “re-edificar” o entroido de Pontevedra a jeito de “planos de construçom” seria que o agora famoso Ravachol explicara a historia do “Meco” e de cómo a Velha o matou dando passo os Centulos, a Velha e folióm que percorreriam as ruas da zona velha de Pontevedra, coligariam o “Meco” na praza e protagonizaríam um juízo e enterro queimariadoo e aldraxandoo o mercores de cinza.
Mais que os Centulos voltem a sair por Pontevedra e que a Velha mate o Meco nom corresponde o “DESMONTANDO A ROMA” se nom que corresponde a cidadania de Pontevedra em geral e as associações culturais em particular, que som os que sustentam na praxe as “trabes” dos entroidos assim coma a boa vontade e ajuda das administrações que nunca estám de mais a hora de voltar a erguer “istas casas tradicionais; ista parte do património que fai que a cultura galega se poda chamar galega.
Nenhum comentário:
Postar um comentário