terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Os Choqueiros Da Crunha, Faro e As Marinhas Brigantinas; que estades empolaos!!!

Antes de comezar co artigo dizer que todo isto foi exposto nas “Xornadas do Entroido 2017” da SAGA os que lhe estaremos eternamente agradecidos por darnos a oportunidade de dar voz a umha figura case desaparecida coma o Choqueiro. Viva o Entroido! Entroido nom é carnaval!

A maior parte da grei anda "empolada" e nom sabe do que caralho se fala cando um (ou umha) fala dos Choqueiros; é tal a sua falta de cultura e conhecemento do pais que mesmo semelha estrangeiro na sua propria terra.
Desde Desmontando a Roma lamentamo-nos da terrivel situaçom em que se atopa a maior parte d povoaçom do pais e com vontade de melhorar deixamoslhes estas linhas para que conheçades um pouco sobre o tema; "empolados!!! que estades empolados!!!
O Choqueiro era umha personagem de entroido que existiu e ainda persiste em moitas das suas formas. Existiu e existe nas Marinhas brigantinas e Faro esta personagem chamada CHOQUEIRO que vai mascarada, é fustigadora, usa chocas e sae no tempo de entroido.

Os concelhos onde tenhem ou tiverom presencia som Crunha, Betanzos,Cambre, Arteixo, Sada, Abegondo,Aranga,Culheredo,Bergondo,Cesuras, Coiros, Oza dos Rios, Paderne e Cerceda Provavelmente estiveram presentes em mais concelhos como Narom.
Outras  comarcas com iste personagem baixo o mesmo nome e semelhante apariencia som Terra de Melide, Lugo e Ancares  estando curiosamente conectadas entre sim; e a maiores no Salnés sendo conhescidos coma Choqueiros-Bimbieiros .

A Estatica dos Choqueiros:

As primeiras referencias das que temos constancia sobre os choqueiros som do século XIX, referidas a Crunha cidade e a Arteixo, contrastadas em Cambre o falar com alguns velhos que o vestirom de novos, datos de recolhidos de livros, prensa e recolhida propria.

Na Crunha (sempre mais senhorita, já sabedes) eram conhecidas  coma “mascaras del polvo” no castrapo de “Lacoru” (neno) “quitar el polvo “ é o mesmo que baixar a basura ainda a dia de hoje
O Choqueiro nom tinha uniformidade mais si uns patrões comuns que se repitem.
Vestia todo de farrapos e roupa velha, as veces com pelexos de ovelha ou o q se tivera a mão; também tela de saco de esparto e mesmo com colchas velhas, o que conhecemos por manturros.

 A cara ia pintada de Negro co sarrio ou feluxe das lareiras ou tapada comunmente com umha carauta de filhoa, tamém a tapabam com umha carauta  feita co pelexo dum coelho. (semelhante os maragatos de Santiago de Arriba)

Levabam penduradas  umhas chocas onde lhe caeram(Precisamente o nome de choqueiro vem de choca) iam penduradas sem orde...  ou esquilas... “quem as tinha claro (segundo recolhimos de um senhor de cambre) o que nom, saia o do passo com latas; canto mais grandes foram melhor” aponta ademais o livro “do Antroido nas Marinhas dos Condes”  que eram usadas latas de petróleo contra a área de Betanços  a princípios do século XX.
A maiores iam armados com umha moca (clasica das feiras de gando) ou com umha basoira de xestas e mesmo de toxos.

Dinamica da Mascara:

Ata aqui todo moi bonito; mais... ¿como cona/caralho atuava um choqueiro? porque de pouco nos serve fazer um traxe se o final este nom interactua nem fai nada...
O choqueiro é um bromista que improvisa em todo momento;  de feito em Arteixo ainda a dia de hoxe é comum dicir-lhe a xente bromista “ti es moi choqueiro”
Lanzabam auga suxa, cas xeringas que se fam com canas, ou mesmo com vexigas de animais.
Enzoufabam a gente com borralha, farinha, e mesmo lanzavam ovos e laranxas!!!

Golpeaba ca moca e daba escobazos  (lembrade que as basoiras eram as veces de toxo) a todo o mundo e pólo geral nom habia queixa.
O Choqueiro nom pode falar, mais abre-se passo aturuxando e berrando, ou meneando as chocas para fazer barulho.
Tanto os moços coma as moças aproveitavam para meter mão os uns os outros.
Faziam de xuizes metendo-se com todos os que nom iam dissfrazados e pendurabanlhe “mazas” a xente; que venhem sendo coma umha espécie de  rabos de burros.
Isto conserva-se a dia de hoje; pólo menos o que escreve teno vivido no bairro Crunhes dos Malhos em tempos de entroido.
Iam em grupos correndo os entroidos de aldeia em aldeia; na Crunha cidade soíam baixar o centro para meter-se cós senhoritos. Habia mulheres choqueiras tamén mais os grupos raras veces eram mixtos
Os Choqueiros nom difirem apenas dos zamarreiros, zarralheiros, farrapeiros, farrapões, parranfões  etc que existem por todo o pais pois tanto as basaes da sua estática coma da sua dinâmica som as mesmas.

A Decadencia choqueira

O entroido tivo um declive marcado a partir  da dictadura de Primo de Rivera no 1923
( PRIMO DE RIVERA 13 Setembro do 1923 a 28 de Janeiro do 1930)
Na Área de Faro e Marinhas Brigantinas já era perseguido de antes  póla Igrexa Católica a traves dos curas das parroquias, o Estado Espanhol a traves Guardia Civil e por suposto das autoridades locais.
Tinham-lhe ganas por ser “pouco decorosa” ou molesta para as normas e conductas marcadas desde Madrid ata tal punto que para evitar o calabozo o choqueiro ante a prensencia de curas ou guardia civil sentaba-se e permanecia inmovil ate que os mesmos se foram da zona; sendo o resto das persoas que corriam o entroido os que apoupavam a estes para que se foram.
Antes da Dictura Franquista e da de Primo de Rivera temos um exemplo da “ordenacion municipal de Betanzos de 1895 que já ataca directamente a figura do choqueiro prohibindo  “cubrir la cara com mascara, el uso de latas y cencerros, arrojar água, harina o cenizas” etc
...Ja mais tarde temos prohibições claras por parte do franquismo alo polos anos  40
Cito textualmente:
“ … la guardia civil actuará. Tambien en los casos de la celebración de barbaras mascaradas en la Ciudad (pola cidade da Crunha) y alrededores deteniendo inmediatamente  y poniendo a disposición a todo aquel que  tape la cara o use cencerros como las bestias del campo, o arroje cualquier tipo de suciedad; la guardia civil actuará.  Los carnavales deberan ser celebrados  al modo italiano, mediante bailes de disfraces en salones con cada individuo debidamente identificado; a fin de erradicar estas barbaras costumbres de nuestras gentes, la guardia civil actuará.”
... e semelha que em parte conseguirom o seu propósito mais nom de todo dado que a dia de hoje previviu em alguns lugares parte da dinâmica da mascara e mesmo evoluções da sua estática.

A Dia de hoje os choqueiros de Faro e As Marinhas brigantinas perderom as chocas que lhe dam o seu nome e mudarom a roupa farrapeira por as fundas obreiras.
Resulta Curioso que esta mesma evoluçom se dera nos chocalheiros de Chaves, mantendo estos as chocas ou esquilas.

 

O futuro penso eu que se mostra esperanzador pois um grupo de xente nos estamos a reunir para ir recuperando os poucos a figura do choqueiro e xuntando xente


Tes interese em fazer por recuperar o choqueiro ou sudache a pirola cousa fina?
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