sexta-feira, 20 de março de 2020

A tradiçom galega de abendiçoar as leiras

Hoje imos a falar da tradiçom galega pagana de abendiçoar as leiras,  e de como o cristianismo integrou este costume galego e irlandes, no domingo de ramos.
As Galegas e Galegos actuais temos o costume de abendiçoar as nossas leiras o dia do Domingo de Ramos co ramo de loureiro da misa de isse mesmo dia. ate aqui todo pode semelhar parte da liturxia cristiana... nada mais lonxe da realidade; O costume de abendiçoar as leiras tem umha provavel orixe Celto-galaica, Celto-bretoa ou Suevo-xermánica totalmente pagana e pre-cristiana que resulta comum a outras nações europeas como irlanda cornualhes e alemania.
O dia de abendiçoar as leiras provavelmente correspondía o equinocio de primavera, que a igrexa católica moveu convenientemente o domingo de ramos por proximidade.
De facto, os proprios ramos forom trocados pola igreja; dado que anteriormente usabam-se os ramos do Samjoam anterior gardados durante todo o ano ou outros confeccionados a proposito para a ocassiom com fento e polas de carvalho (ramos dos que ainda se gardam testemunho em bisbarras coma o Deza ou o Bierzo)
A auga usada para abendiçoar as leiras e recolhida de 3, 7 ou 9 nova fontes (o jeito do sam joam) dependendo da comarca, ainda que nas parroquias mais cristianizadas do pais a igreja católica conseguiu substituir as augas de 9 fontes por auga bendita.
Neste costume de abendiçõar as leiras os oficiantes é o próprio labrego ou labrega nom se vem por ningures o cura; e a “formula maxica” ou esconxuro para solicitar a fertilidade das leiras remata com “Sapos e Meigas botadevos fora das minhas leiras”
Assim que se retiramos o mediterranizante barniz do cristianismo temos ante nos um costume (que nom umha festa; compre saber diferenciar estes termos) de abendiçoar os campos com um ramo “consagrado” (e dizemos consagrado por explicalo de algum jeito) ...um ramo consagrado durante a noite das cacharelas samjoam que xunto o auga de 9 fontes e um esconxuro tem propriedades de fertilizaçom dos campos e todo isto ligado a celebraçom do equinocio de primavera.
“se os chineses tenhem umha cultura milenaria é porque souberom coidar dela” asssim que já sabedes!

quarta-feira, 4 de março de 2020

Algumhas administrações ponhem em risco os nossos Entroidos

Nos ultimos anos estamos a assistir a um suposto rexurdimento do entroido a nivel galego e resto de Paises Galaicos, a saber; Asturies Pais lheones e Norte de Portugal
…nada mais longe da realidade; o entroido; os entroidos atompam-se em perigo, e as administrações (em especial o atual goberno de Feijoo na Xunta da Galiza) semelha despreocupar-se do asunto.
Um dos indicativos foi que o Entrudo de Podence designado coma “patrimonio da Humanidade” pela UNESCO perdeu parte da sua genuidade para convertir-se num atrativo turístico.
Os diversos Entroidos da Galiza e resto do espaço cultural galaico som, se cadra, os derradeiros redutos de indigenismo Europeu; ainda que o “Mediterranismo Governante” trata sempre de degradalos baixo o alcume de “carnavais rurais”
Existem varios fatores que som os que estám a ponher em perigo os nossos Entroidos; A saber:

O Desconhecemento da propria administraçóm:
A Xunta desconhece o Entroido, o seu simbolismo e mesmo o convirte em um Carnaval Mediterrâneo
Tanto o atual goberno de Feijoo na Xunta da Galiza coma o seu predecessor com Fraga a cabeza, desconhecem a realidade do Entroido co que vagamente trabalham. Para a Xunta, o Entroido é umha sorte de “Carnaval rural a la gallega” que fai de reclamo turístico para atraer a visitantes de fora; visitantes que som atraidos baixo a promesa de “colorido carnaval” baixo a errada, e errática promoçom da actual Xunta (em Fitur por exemplo) . Cando o desinformado turista chega a Galiza em busca do seu prometido “Carnaval Colorido” atopase ca anterga tradiçom do Entroido onde “personagens mascarados” oficiam umha sorte de ritual no que se tiram formigas cinsa, farinha, lama e mesmo bosta de vaca, cagalhas de cabra e ovelha; onde baixo umha inusitada sacralidade, os mascarados , com um maxico traxe (nom disfraz) de oficiante, fam bromas pesadas, e mesmo zoupam e fustigam os que assistem o ritual entroideiro se estes nom se afastam do seu caminho ou nom lhe escapam; sem perxuiço algum para eles dado que som intocaveis pola sua sacralidade (como o pode ser o cura, o imán ou o dalahi lama) ...assim pois, o turista totalmente “desnortado” nom entende o porque da situaçóm. O porque o ensucian, o mancan com escobas de toxo e mesmo é golpeado ou fustigado polo que el entende como “xente disfraza sem nenhum tipo de valor sagrado ou simbólico”, e baixo os efeitos do seu desconhecemento e a sua propria incultura provocada pola INFORMAÇOM ERRADA EXPEDIDA POLA ADMINISTRAÇÓM o turista nom mostra nenhum tipo de respeto polo ritual ou o mascarado e mesmo resposta com violencia provocando umha total e completa agressom cultural nos nossos entroidos que remata por modificar o decorrer dos mesmos.

O desconhecemento nos centros escolares:
Esta mesma administraçom é tamén responsavel de transmitir a mesma idea errada a traves das escolas; dado que atopa-se incluido no curriculum academico a celebraçom e explicaçom de festas tradicionais; e resposavel a maiores de que proprio profesorado carezca de materias e da formaçom para explicar e trasmitir o alumnado o simbolismo e a forte raigame e costumes que caraterizam a festividade do Entroido
Por outra banda é tambem nas escolas onde se trabalha o entroido “imitando” os traxes dos entroidos com disfraces mais ou menos atinados para sacar em um desfile,  sem explixar o alunado e os pais e nais dos mesmos que isse disfraz nom é um traxe orixinal e que fora do concelho ou parroquia nom debe ser ussado dado que desvirtua o valor do mesmo, e mesmo resulta umha falta de respeito para os membros da ”cofradia do entroido” o que é referido. Para entendernos; imaxinem-se que vostede nunca asistiu a umha misa cristiana; e fai um disfraz de cura ortodoxo e se mete no medio de umha  misa católica; pois extrapolando o mundo do entroido, a ofensa é a mesma.
De outro jeito, a administraçom da Xunta é culpavel de nom ampliar os orzamentos destinados as Equipas de Dinamizaçom de Lingua Galega co obxetivo de investigar desde as escolas os entroidos locais, esquecendo que podem ser tanto ou mais ricos que outros entroidos, e que podem ser um primeiro passo cara umha recuperaçom e posta em valor do devandito entroido local. Por outra banda as mesmas Equipas fan esforços por traer Mascarados de comarcas com entroidos consolidados sem nenhum tipo de remuneraçom ou ajuda; simplesmente baixo compromiso e favor dos mesmos.

Desfiles e concentrações:
Com frecuencia vemos como por parte das administrações o Entroido nom é mais que um simples reclamo turístico; o seu obxetivo nom é que se corra cada entroido local com genuidade e tradiçom (que por certo; é o que os fai realmente atrativos). Casos absurdos como fazer “desfilar” a mascaras do entroido na Cidade da Cultura; baixo umha chuva de confeti que nunca formou parte do entroido, e totalmente desubicadas... mais umha vez tratando de dar a imagem de Carnaval Mediterrâneo que nom é, confundindo a povoaçom e degradando o seu simbolismo.
Pior ainda cando se fai um desfile, diante da Catedral de Santiago, dado que a instituçom da igreja é responsavel direta da persecuçom e prohibiçom do mesmo Entroido... ademais as cofradias do entroido NOM DESFILAM, se nom dam umha pequena mostra das dinamicas das suas máscaras, que é apenas um retalho do total do que pode ser cada entroido.
Salvamos algumhas Mascaradas das que recentemente som celebradas, mais com moitas reservas, dada que a proliferaçom das mesmas estám a mudar a “sacralidade” das mascaras e do simbolismo do proprio Entroido, e mesmo a mesturar costumes e dinámicas que se dam nos diferentes entroidos da area cultural galaica; e ademais provoca que algumhas pessoas abandoem a curiosidade por correr alguns entroidos o dalos por vistos durante as mascaradas, sendo conscientes so da ponta do iceberg de cada Entroido.

Por todo isto, desde Desmontando a Roma, reclamamos umha mudanza no rumbo que melhore a relaçom da Xunta, Deputações e concelhos assim coma do Estado Espanhol cara o Entroido coma jeito de proteçom cara as derradeiras formas de indigenismo que quedam na Europa